quarta-feira, 29 de julho de 2009
Segundo os Evangelhos
LIÇÃO 2
Texto Bíblico: Mateus 4-18
A MISSÃO DE YESHUA
(Jeová Salva)
Todas as instituições tem uma missão. Esta pode ser definida e consciente, porem nem todas as instituições atingem o objetivo de sua missão. Por exemplo, tem uma empresa de eletro domésticos e eletrônicos que diz ter “dedicação total a você”, mas os juros de seu crediário mostram o contrário. A instituição família tem falhado em sua missão, igrejas também falham...somos falíveis, mas podemos minimizar os erros!
Nestes capítulos Mateus quer que os leitores judeus entendam a missão de Yeshua e narra evidências de que ele foi bem sucedido e ensina o caminho desse sucesso.
Nesta lição analisaremos qual a missão de nossa vida e a exemplo de Yeshua que tinha consciência e convicção de sua incumbência aprenderemos alguns passos que aplicado ajudará a atingirmos o bom resultado da nossa missão, vivermos os Lances da vida de Jesus.
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1- SUPERANDO OS DESAFIOS SEM PERDER
O SENSO DA MISSÃO
Yeshua vem do hebraico e significa Jeová salva. Esta era sua valiosa missão: SALVAR(Mt1.21).
Em Mateus do capitulo 4 ao 18 temos a narrativa de uma grande aventura de Yeshua, onde Ele começou a executar sua missão(Mt4.17). Decidiu com quem andaria(MT 4.18-22); ensinou, curou e libertou(MT4.23-25); repaginou a lei no sermão do monte(MT 5-7); pregou as boas novas e sofreu perseguições(Mt8-18)
Grande parte de sua missão decorreu nas margens do mar da Galiléia “na verdade trata-se de um lago de água doce formado pelo Rio Jordão, mas, devido às suas dimensões avantajadas e temporais violentos que frequentemente o agitam, as populações adjacentes o tem chamado de mar”. Para cumprir com sua obrigação, Ele andou dentro de um “furacão de problemas sociais cativos a Satanás. Interessante que o furacão tem um “olho”. Em meteorologia “o olho, bem no centro, é uma região de calmaria, livre da sujeira levantada pela tormenta” “é uma area circular de ventos comparavelmente calmos e tempo bom...muitas vezes pode-se ver o céu claro nessa região.” Satanás tem contribuído para ampliar o numero de “furacões” na sociedade que em muito cresceu. Os indivíduos de índole duvidosa, o ensino precário, setor da saúde caótico, ética distorcida até entre “seguidores” de Cristo e a mensagem de salvação sendo desvalorizada, são destroços que orbitam a realidade de nossa existência. Temos permitido que estes “destroços”nos impeçam de cumprirmos nossa missão no Reino de Deus? Qual tem sido sua estratégia para conseguir ver o céu azul? Entende a importância da oração? Tem acessado o site do céu através do provedor oração? Cristo pode nos ajudar a atravessarmos o “mar da nossa Galiléia” e cumprirmos a missão de decidirmos quem nos acompanhará, testemunhar da boa nova de salvação, libertar os cativos, sermos éticos e termos habilidade de superarmos as perseguições por amor a missão que o Pai nos propôs.
Yeshua, diante do “furacão” de sua época andou em seu “olho” sempre olhando para o céu, local de onde veio, conectado com o Pai através de orações e jejuns, este era o preparo para superar a visão e a realidade da destruição deixada pelo furacão.
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2- A MISSÃO DE SER ALTRUÍSTA
Por muitos anos Jesus se preparou para sua missão. Tanto preparo se deu pela dimensão que seria sua doação. Ele tinha um coração sensível e cheio de compaixão para com os que tinham fome de comida(MT 15.32) e os que tinham fome de justiça(Mt5.6), situações resultantes da destruição promovida pelo pecado. Ele curava os enfermos e realizava a inclusão de excluídos da sociedade judaica.
Em nossa realidade social observamos um crescimento do egoísmo e egocentrismo que é contrário ao altruísmo. Enquanto este se esmera em praticar o amor ao próximo, o egoísmo também desenvolve um amor exagerado...pelo próprio eu e ao bem próprio com desprezo aos outros. Esta atitude anda na contramão do exemplo deixado da missão de nosso Mestre. Sua existência foi relevante e a nossa existência como servos(as) deve ter o mesmo realce. Nos importamos com o próximo? Quando estamos em uma condução coletiva cedemos o assento para idosos, gestantes e deficientes com prazer? Há cortesia com os da melhor idade cumprimentando-os quando passamos por ele? Acho que nem os vemos...
Yeshua incluía os excluídos na sociedade. Os leprosos, coxos, deficientes, fedidos, endemoniados eram proibidos pelas leis rabínicas de ir ao Templo por serem considerados imundos. Ele os restaurava e eram incluídos na sociedade da época, causando mal estar na tropa de elite sacerdotal.´
É desejável que evitemos o egoísmo e o afastar aqueles que segundo o padrão de estética da sociedade não se enquadram ao perfil estabelecido. Já abriu os olhos do coração e verificou se em sua comunidade tem alguém muito necessitado e que possa ajudar? Na igreja identificamos pessoas carentes? Yeshua não permitia que ninguém em sua presença padecesse. Psicólogos, neurologista e epidemiologistas afirmam que fazer o bem faz bem, mais motivos para sermos solidários e altruístas em nossa postura, conscientes de nossa missão. Já fez o bem hoje, sem olhar a quem?(M5.43-47)
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3- A MISSÃO DE REPRODUZIR OS PASSOS DE YESHUA
A prioridade de Cristo era sua missão. Nada o distraía de seu objetivo. Nada lhe abalava ou lhe deixava ansioso. Ele tinha o controle de suas emoções.
Em Mateus 6.25-34 Yeshua nos convida a descansarmos nos braços do Pai amoroso. Como adolescentes e mais especificamente humanos as vezes ultrapassamos os limites e nos afligimos em vez de confiar. Somos incentivados a ter a roupa x, comer no lugar y. Ter é a palavra chave de um mundo que nos faz girar em um furacão de inconstâncias. Consegue-se conquistar algo e em pouquíssimo tempo este fica desatualizado.
Cristo ensina a considerar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e tudo o que realmente precisarmos será acrescentado: ser for roupa, alimento, estudo, MP5, I phone etc.
Como buscar o Reino? A Bíblia tem orientações que leva a essa busca. Na trajetória de nossa vida sempre faremos escolhas e trilharemos uma única estrada ou caminho. Mateus 7.13-14 nos fala de dois caminhos; um fácinho de andar, aparentemente beleza, final: PERDIÇÃO. O outro é estreito, causa fobia , é sacrificante, mas conduz a VIDA. A opção esta em nossas mãos. Ninguém merece depois dizer que não sabia!
ELE escolheu o caminho difícil, que conduzia ao resultado eficiente de sua missão : SALVAR.
Tens feito divulgação da mensagem de salvação, através de sua vida? Há consciência de sua missão como servo(a)? Há um real comprometimento em reproduzir os passos de Yeshua? Essa É a missão de nossa vida!
---------------------------------------------*---------------------------------------------CONCLUSÃO – REFLITA E PRATIQUE!
☺A missão de Yeshua é salvar, como diz o seu nome: Jeová salva.
☺Para cumpri sua missão Ele enfrentou um furacão de empecilhos, mas olhava para o alto e via o céu, o Pai.
☺Ele era altruísta, nossos conceitos egoístas devem se sujeitar a Cristo para transbordarmos amor e solidariedade.
☺Decido se desejo reproduzir os passos de Yeshua e investir no seu Reino em primeiro lugar.
☺A Bíblia trás valiosas orientações para o bom desenvolvimento de nossa missão, imitar os Lances da Vida de Jesus!
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TRADUZ aê!
Instituição: Ação ou efeito de instituir; fundação.
Missão: incumbência ; obrigação.
Altruísmo : amor ao próximo; filantropia
Egocentrismo : atitude daquele que faz convergir tudo ao seu próprio eu.
LANCES DA VIDA DE JESUS
Segundo os Evangelhos
LIÇÃO 3
Texto Bíblico: Mateus 19-28
ATIVIDADES VIDA E PÓS-VIDA DE JESUS
A nossa vida compreende o acúmulo de escolhas e atividades que realizamos. Podemos chamar isto de atividades da vida. Viver deve ser dinâmico desenvolver e contar uma história. Quando morrermos esta atividade de vida pode “falar” positivamente, negativamente ou se calar.
As atividades de Jesus Cristo foram tão impactantes em seu pouco período de vida, morreu jovem, mas deixou um legado de profunda influência na humanidade.
Nesta lição abordaremos algumas destas atividades em confronto com outras que falam negativamente e analisaremos o que “falaremos” após a nossa partida, pode ser um testemunho de impacto se vivermos os Lances da Vida de Jesus.
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1.ATIVIDADES DA VIDA DE JESUS EM VIDA x ATIVIDADES DE OUTROS PERSONAGENS QUE COM ELE CONVIVERAM .
Após certo tempo de nascimento, temos habilidade para direcionarmos as atividades que regerão a maneira como viveremos.
O centro da atividade de Jesus era abençoar, ensinar e testemunhar de seu Pai. Por exemplo, Ele abençoou dois homens de Jericó com a cura de sua cegueira(Mt20.29-34), ensinava utilizando parábolas (Mt21.33-46) e testemunhou de Deus(Mt22.41-46). Mas nem todos optavam por este modelo de atividade. Vejamos:
a) Jovem rico: o centro da atividade da vida desta personagem era o amor a sua riqueza . em Mateus 19.16-22 há a narrativa de vida deste jovem. Aparentemente ele era um cara maneiro, guardava os mandamentos, não matava, não adulterava, não furtava, não dizia falso testemunho, honrava pai e mãe e amava o próximo. Tudo isso de bom cai por terra quando pesquisamos o que Jesus fala sobre salvação, e verificamos que este jovem tinha apego aos mandamentos, mas seu coração era escravo das riquezas. Jesus não estava dizendo que temos de ser “pobres, pobres de marré deci” para herdamos a vida eterna é que “apenas” amar bens materiais bloqueia nosso relacionamento com Deus. O jovem rico era prejudicado espiritualmente por depender de riquezas e bens materiais. Pode ser fama, depositar fé em talentos naturais, boa aparência, vaidade excessiva ou intelectualidade. O jovem rico não esta conosco, mas sua atividade nos fala profundamente, e que fala triste e negativa! O que estamos construindo para ficar “falando” após nossa ida ao Mestre? Como se lembrarão de nós? Tem estado atento com a construção de suas atividades?
b) As dez virgens: A parábola das dez virgens muito tem a nos ensinar(Mt25.1-13). Cinco virgens eram tolas e desatentas, sabiam que teriam um encontro especial com o Noivo e não levaram a “pilhas ou baterias”(azeite) para suas lanternas. Meia noite chega o Noivo e elas estão no escuro... vão comprar combustível e quando voltam o Noivo não as recebe. Como seremos lembrados? Como tolos, malucos, insensatos?!
c) Fariseus : Em Mateus 23 há diversas advertências aos fariseus. Quando falamos deles de que lembramos? Lembramos de hipocrisia, legalismo. Estes firmavam sua fé em regras, leis, rituais e não entendiam o Espírito que as regia. Temos sido autênticos ou agido com hipocrisia, atitudes na igreja diferente de outros lugares?
d) Pedro: Seremos lembrado após nossa partida como alguém que negou a Jesus, mesmo tendo convivência?(Mt26.34;69-74) Negar Jesus traz choro amargo(v75b).
e) Judas Iscariotes: Seremos lembrados pela nossa fidelidade ou por sermos alcagüete como o caso de Judas. Sempre será lembrado como traidor de Jesus(Mt26.48-50) Misericórdia!
f) Pilatos: A omissão e falta de compromisso nos leva a agirmos como Pilatos diante de uma situação conflitante e periclitante: covardia. Pilatos foi covarde e injusto, pois reconheceu a inocência de Jesus e não usou sua autoridade para promover justiça, cedeu a pressão da sociedade que relativizou o certo pelo errado. Temos adotado a postura de Pilatos, lavando nossas mãos quando podemos fazer justiça? Cedemos a qualquer pressão?(Mt27.24).
g) JESUS: Que exemplo magnífico de fala permanente, mais de vinte séculos falando profundamente aos corações, influenciando e impactando vidas e mais vidas. Não escreveu uma linha de nenhum livro, mas seu exemplo grita com veemência a todas as nações. Este é a máxima de nosso paradigma a ser seguido C.Q.C.(custe o que custar) até a nossa vida se necessário for.
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CONCLUSÃO- REFLITA E PRATIQUE
É muito inspirador estudar a vida de Jesus. Quanta pressão em sua existência e em tudo Ele é lembrado como correto, santo. Que testemunho! Um homem que em sua vida manteve-se separado para a boa obra e é assim que é lembrado e muitos o admiram e querem imita-lo. Todos se dobram diante de seu caráter impecável. É estudo do prisma histórico e alterou o curso da humanidade, antes e depois Dele.
Seremos desafiados a impactarmos vidas com nosso testemunho falando em vida e pós vida? As atividades de nossa vida deixarão legado positivo? Isso depende de nos posicionarmos em aplicar em nossa vida os Lances da Vida de Jesus.
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Traduz:
Alcagüete : delator, traidor.
Periclitante: que corre perigo
Hipocrisia : Falsa devoção, fingimento
Legalismo: concernente a lei, ao pé da letra, externo.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
VIDAS SECAS NO VALE DA ESPERANÇA
Ossos não são ossos. Não no sentido literal. Não no “Vale dos Ossos Secos” de Ezequiel 37. Ossos, nesse vale, servem como metáfora. Referem-se muito mais às “vidas secas” do que propriamente a ossos. Estão os ossos muito mais para Graciliano Ramos (Vidas Secas) do que para Jeffery Deaver (O Colecionador ou Coletor de Ossos). Em Jeffery os ossos são o que são. Em Ezequiel os ossos são uma metáfora que se aproxima de Graciliano.
Na obra de Graciliano Ramos, o título “Vidas Secas” estabelece um contraste entre a possibilidade da abundância da “vida” e a falta dela causada pela “seca”. Vida que fenece castigada pela seca do sertão nordestino. Seca que obriga vidas a um exílio involuntário. Vidas que secam pela falta de chuva. Falta de chuva e de alimento e de perspectiva e de esperança.
Para o profeta Ezequiel, tanto quanto para nós ouvintes do texto, a chave que abre o sentido da compreensão desse vale de ossos ressequidos é o anúncio do verso 11: “ Então ele me disse: “Filho do homem, estes ossos são toda a nação de Israel. Eles dizem: ‘Nossos ossos se secaram e nossa esperança desvaneceu-se; fomos cerceados ficando sozinhos’.”
Não se trata, portanto, de entender os ossos do texto de forma literal, antes a palavra do versículo 11 indica que os ossos se referem a pessoas. A Israel especificamente. Mas também a qualquer grupo de seres humanos que lamenta sua sorte.
E qual é a situação que vive Israel? Exilado. Israel vive afastado de sua terra natal, exilado longe de casa. As palavras do versículo 11 dão a dimensão dessa situação. Sofrimento, solidão, desesperança. Sequidão de estio. Coração ressequido. Espírito abalado. Alma perturbada. Vida no abandono de uma terra distante. Olhos dispersos no desterro. Ossos secos. Vidas secas.
Ossos secos são, portanto, vidas secas. Vidas que dizem: “estamos com os ossos secos, feneceu nossa esperança, fomos cortados ficando sozinhos.” (v.11). Vidas secas, pois estão sem vigor. Vidas secas, pois estão sem esperança. Vidas secas, pois se sentem cortados e abandonados.
Aqui e acolá há outros ossos nas mesmas condições. Outras vidas secas. Vidas que sentem os ossos estremecerem. É o sofrimento que abala os ossos. O pecado também causa dano aos ossos. E ainda os inimigos abalam os ossos. Para Israel, o exílio seca os ossos. Seca a vida. Seca tudo.
Esta idéia de que os ossos são metáfora para a vida é bem presente nas Escrituras. Como “sede das emoções”, os ossos figuram nos lábios de outro profeta. É Jeremias que sente um “fogo ardente no coração, encerrado nos meus ossos.” (Jeremias 20.9). Este servo do Senhor liga em um único e só conjunto os ossos e o coração. O paralelismo entre coração e ossos é evidente. Na pessoa de Jeremias arde no coração e se aloja nos ossos o que ele sente. Outra vez as palavras “coração” e “ossos” são colocadas em relação sinonímica em Jeremias 23.9. O profeta diz: “O meu coração está quebrantado dentro de mim; Todos os meus ossos estremecem.” Jeremias sofre, na totalidade do seu ser, um sofrimento intenso. Mencionar que Jeremias também vivenciou a experiência do exílio ajuda a compreender os sentimentos e as palavras do profeta.
Duas vidas. Dois profetas. Ezequiel e Jeremias compreendem ossos como metáfora para a “sede das emoções” como totalidade da vida humana.
Cantam os ossos, também, os salmistas. Entoam lamentos: “... porque os meus ossos estão abalados. Também a minha alma (vida) está perturbada profundamente.” É isto o que se lê no Salmo 6.2,3. Ossos e alma (vida) perturbados, assombrados. Pergunta então o salmista: “... mas tu Senhor, até quando?” O poeta deste salmo sente “nos ossos”, isto é, “na vida” a condição de sofrimento.
Ecos de súplica semelhante ressoam no Salmo 38.3: “não há parte sã na minha carne por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos por causa do meu pecado.” Ossos e carne, isto é, a pessoa sente toda a dor lancinante de sua enfermidade.
Bem mais próximo de Ezequiel 37 está o Salmo 42. No verso 10 ouve-se uma voz a dizer: “Esmigalham-se-me os ossos, quando os meus adversários me insultam dizendo: ‘O teu Deus, onde está?’” Bem próximo de Ezequiel 37, pois o salmista experimenta a condição de exilado. Ele vivencia o aparente esquecimento de Deus: “por que te olvidaste de mim?” (v.9). Compartilha a mesma sorte do povo de Israel no cativeiro. Deste modo, compartilha da mesma linguagem do seu povo: “meus ossos, minha vida”.
Portanto, os “ossos secos” espalhados pelo vale são as “vidas secas” dispersas no exílio. Vidas que foram ressequidas pela dor, pelo sofrimento, pelo abandono. Vidas para as quais pereceu a esperança. Vida sem esperança é vida seca.
No vale das vidas secas anda Adonai. Anda e leva Ezequiel em sua companhia. O profeta circula ao derredor como quem faz um reconhecimento da situação. Perambula entre imensidão de ossos sequíssimos.
O Senhor faz uma pergunta crucial ao profeta: “Poderão reviver esses ossos?” (v. 3). A resposta de Ezequiel? “Tu és o único que sabe Adonai Senhor.” Responde como quem diz: está na tua mão Senhor, a mesma mão que para cá me trouxe. Há uma disposição em Ezequiel. Disposição em ouvir o Senhor. Disposição para executar sua tarefa de profeta. Pois está no vale de ossos secos e sabe que sua presença ai não é por acaso.
Assim, o profeta do Senhor recebe sua primeira incumbência: “Profetiza a esses ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.” (v. 4). O imperativo divino requer que a palavra de Deus seja, antes de tudo, ouvida. Ouvir é acolher a palavra. E a palavra reverbera: “Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis.” Um viver pleno, completo. Ossos com tendões e carne e pele e fôlego: eis a palavra que deve ser ouvida (vv. 5, 6). A expressão: “Porei em vós o espírito e vivereis.” é repetida novamente. Esta frase inicia e termina a palavra de incumbência. Espírito e vida.
O profeta faz a entrega da palavra. Entrementes, há uma ruidosa “dança de ossos”. Os ossos dançam ao som da voz de Adonai. Cada osso tira seu par para bailar. Ajuntam-se os ossos, como que parafraseando Adão: “este é osso dos meus ossos.”
Onde havia ossos secos sem tutano, sem recheio, agora corre medula óssea. Onde havia ossos secos sem ligação, sem juntas, agora, coordenado, é um esqueleto. Onde havia ossos secos sem substância, sem carne, agora é um cadáver recheado. Onde ossos secos sem pele, sem cobertura, agora um corpo revestido. Mas sem espírito, sem fôlego, sem alento. Como um corpo estendido no chão, por enquanto.
Uma nova incumbência recebe Ezequiel. É hora de falar a palavra do Senhor ao espírito: “Profetiza ao espírito – diz o Senhor Deus – Profetiza. Vem, ó espírito, e assopra sobre esses mortos, para que vivam.” (v. 9). Ainda falta o espírito. Não são mais ossos secos. Tem ligamentos e carne e pele. Não são mais ossos secos, mas também não são pessoas vivas. Falta-lhes o espírito. Falta-lhes o fôlego.
Ezequiel pronuncia a palavra do Senhor. E o hálito revificador entra no corpo. Penetra em cada célula e reanima o corpo inerte. Vivifica o corpo e o põe em pé. Um grupo numeroso, forte, sadio.
Neste ponto se dá a chave para compreender a metáfora dos “ossos secos”. Estes ossos são Israel. Israel que diz: “Nossos ossos secaram, pereceu nossa esperança e estamos cortados ficando sozinhos.”
Vidas secas. Ossos ligados por tendões, recheados com carne, revestidos com pele, animados pelo fôlego. Contudo, sem esperança. Com um sentimento de abandono. Falta vigor, disposição.
No auge do texto, Ezequiel recebe a terceira e última incumbência. Profetizar a palavra de esperança: “Abrirei as vossas sepulturas, vos farei sair delas, ó povo meu, e vos trareis para a terra de Israel.” (v.12). Esta palavra profética é repetida quase que literalmente nos versos 13 e 14. Há, porém, um acréscimo antes do final. O início do verso 14 interrompe a série: “abrirei, farei sair, trarei para a terra”. Antes de reafirmar que estabelecerá o povo na sua própria terra é dito que: “Porei em vós meu espírito e vivereis.”É a única vez no texto que se diz expressamente: “meu espírito”.
Até o momento só foi mencionado o “fôlego” da vida que faz reviver os mortos. O alento que dá vida a todos os seres humanos. Agora se diz: “meu espírito”. Há algo novo aqui. Há algo diferente. Algo que faz a esperança brotar para Israel. Algo que reanima o povo, agora chamado de “povo meu”. É o Espírito do Senhor! Vivificador. Capaz de abrir sepulturas. Levantar mortos. Conduzi-los de volta para a sua própria terra. A nota de esperança é: vou tirar vocês das suas sepulturas, fazer vocês saírem delas, vou colocar em vocês o meu espírito e trazê-los de volta pra casa.
Aos montes de Israel já fora dito em Ezequiel 36: “Montes e outeiros de Israel se preparem, pois o povo está voltando do exílio”. E em Ezequiel 37.15-28, na seqüência do texto do vale dos ossos secos, é dito que Israel e Judá formarão um único povo sob a regência de Davi, um seu descendente por certo.
Essa marcha de retorno para a terra pátria tem seu início no despertamento dos ossos. Primeiro na transformação de um amontoado de ossos dispersos em um esqueleto articulado pelos tendões. Na seqüência, pela cobertura desse esqueleto com carne sadia. Depois no revestimento do corpo com pele. Segue-se a isso a infusão do fôlego de vida. O levantar da sepultura, o tirar da cova, o assoprar do Espírito do Senhor, culminando com a marcha de volta à terra.
Ossos secos são vidas secas, que mesmo em vida perderam a esperança. Vidas, que animadas apenas pelo fôlego humano natural, perderam de vista a possibilidade de uma vida abundante. Vidas que não vêem perspectivas, não encontram saídas. Vidas que se sentem abandonadas, cortadas, separadas de Deus.
Vidas secas, vidas sem esperança: Ouvi a palavra do Senhor. Ouvi e vivereis. Vidas secas, ouvi para que sejam restauradas, reanimadas, revigoradas. Ouvi, ó vidas secas, a palavra do Senhor, palavra de esperança, palavra de salvação.
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Rev. Dr. José Roberto Cristofani é Pastor da Igreja Presbiteriana Independente, Doutor em Bíblia e Educador.
Leia outros textos do Dr. Cristofani em: www.sapiencial.com.br
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terça-feira, 13 de janeiro de 2009
A História das Coisas - Video
O Reino de Deus não é comida, nem bebida e muito menos coisa... "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."(Mt 6.31)
Este video revela o porque de tanto trabalho e a armadilha de um sistema que oculta a conscientização em nome do consumo. Assistam!Espero que cause impacto. A mim causou! Façamos ainda com maior zelo a nossa parte.
sábado, 10 de janeiro de 2009
As crianças, principalmente as de fase maternal, devem ser estimuladas a descobrirem novos
horizontes através da alimentação saudável. Quem trabalha em suas igrejas com ministério
infantil não deve negligenciar este momento de possibilidades e introduzir conhecimentos novos
as crianças através da pedagogia alimentar. É possivel trabalhar uma gama de valores através
da refeição: estimular a percepção visual, as cores do alimento; pecepção auditiva, o som do
alimento ao ser mastigado; a percepção psicomotora, pegar os alimentos e leva-los a boca com a
colher, o garfo ou o canudo; os bons modos; o egocêntrismo; a criatividade, enfim a sua imaginação pedagógica é o limite!
Aí vai um básico cardápio para oferecer as crianças de um ministério infantil. É possivel oferecer
qualidade com um custo bem razoável. Observe:
Primeira Igreja Batista em Presidente Juscelino
Cardápio Semanal de Lanches – Departamento Infantil - 2009
“ Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”.(ICo10.31)
"Muitas pessoas não se apercebem de que não é apenas a quantidade da comida que as crianças ingerem que afeta o crescimento, a saúde e a capacidade de aprendizagem, mas também a qualidade da dieta", adiantou, em comunicado, Ezzeddine Boutrif, directora da FAO para a Nutrição e Proteção do Consumidor.[1]
“Estudos mostram que as crianças que consomem o café da manhã ficam mais despertas e aprendem mais do que aquelas que não tem o hábito de se alimentar nas primeiras horas do dia. Estudos sugerem que o consumo regular do desjejum pode:- reduzir o risco de obesidade e colesterol alto;- diminuir a resistência à insulina (condição que aumenta o risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares);- aumentar o consumo de nutrientes essenciais;- melhorar a memória. [2]
1) Domingo Manhã e Culto Noite
M = Pão com queijo minas + Suco
N = Pipoca + Suco
2) Domingo Manhã e Culto Noite
M = Frutas + Suco
N = Salada de Fruta + Suco
3) Domingo Manhã e Culto Noite
M = Bolo + Suco
N = Bisnaguinha com qualy + Suco
4) Domingo Manhã e Culto Noite
M= Biscoito + Leite com Nescau ou Quik
N = Salada de Frutas + Suco
5) Domingo Manhã e Culto Noite (Lanche Especial)
M= Cachorro Quente + Suco
N= Pizza + refrigerante
Dicas☻: Aproveitar o momento da alimentação para ensinar conceitos de higiene e boas maneiras, como lavar as mãos antes das refeições, não falar de boca cheia., não por alimento demais na boca, não lamber os dedos.☻ Para os pequenos(maternal) trabalhar a fase egocêntrica pedindo um pedacinho do alimento, elogiando o que foi dado e agradecendo. ☻Trabalhe as cores, forma e sabor, se são ácidas, doces, macias etc.
Obs:. Nos lanches especiais pode substituir o lanche por : gelatina, iogurte, vitaminas de frutas, sendo verão deve oferecer as crianças picolé ou sorvete de frutas, ou no inverno chocolate quente, milho cozido, ou outra sugestão pertinente do ponto de vista nutricional. Evitar o refrigerante, liberado só a noite no lanche especial. Os sucos podem ser de : Caju, Maracujá, Laranja, Manga, Goiaba ou outra fruta da estação. Dê preferência a frutas em detrimento a pó ou concentrados. Não exagere no açúcar.[3]
Bom apetite!!
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Rose Lima dos Santos
Educação Religiosa
[1] http://www.portaldacrianca.com.pt/noticiasn.php?id=88 – acesso 10/01/09
[2] Doutora Andréia Torres, Nutrição Clinica e esportiva - http://andreiatorres.blogspot.com/2007/03/dicas-em-nutrio-infantil.html - acesso 10/01/09
[3] Elaborado por Rose Lima dos Santos – limarosele@hotmail.com http://educacaoereflexao.blogpot.com/
terça-feira, 11 de novembro de 2008
... “muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.”(Dn12.4)[1]
A grande produção de conhecimento que é lançado em nossa sociedade não é proporcional a capacidade de consumo. O tempo se torna insuficiente para processar as informações. Estamos afundando em tanta informação que em nosso salvar as mais importantes, perdemos o real significado de seus conceitos(back-up).
Opiniões precisam ser formadas, idéias compradas e seus conceitos consolidados.
O jovem Daniel convivia em um ambiente onde conceitos culturais, religiosos e sociais o desafiavam. O que destaca Daniel, jovem comprometido com Deus(Dn1.8) dos jovens e adultos da atualidade envolvidos com Deus?
O cenário que se passa a historia de Daniel é um contexto de Babilônia. Para os judeus esta representa a mais profunda rebelião e inimizade contra os preceitos divinos. Teve impacto profundo na Mesopotâmia devido ao avanço cultural, tecnológico para a época. Apesar de sua destruição física, sua influência perdura em grande parte da sociedade através principalmente de práticas religiosas, babilônia idéia se utiliza de veículos que a direcione e a divulgue.[2]
Entra em conectividade a repaginação de conceitos das ideologias babilônicas, suavizadas com uma roupagem aceitável, moderna e atraente.
Exemplo recente de atualização de um conceito antigo é o Avatar. O avatar segundo o dicionário[3] “é a encarnação de um deus”. Ampliando a linha de informação, uma avatar “é a manifestação corporal de um ser imortal...normalmente denotando a encarnações de Vishnu”[4]tais como Krisna o oitavo avatar ou encarnação de Vishnu. Este é considerado o deus responsável pela manutenção do universo segundo a tradição religiosa[5] do subcontinente indiano. Os hindus o adoram como divindade.
Avatar como palavra e idéia esta muito generalizada por conta de aplicativos com criações de figuras representativas a imagem e semelhança de jogos virtuais, life second, cominidades... O avatar mais moderno e que é uma febre entre os jovens, adolescentes e adultos nas paginas de relacionamentos é o Buddy poke (cutuca amigo, a mais aproximada tradução). A quantidade de cristãos que adicionam essa ferramenta para interagir é espantosa! Provavelmente esta massa que aderem a estas representações em suas mentes, não conhecem a profundidade que esta concepção intelectual quer embutir em seus comportamentos.
Este pequeno exemplo de interpolações e roupagem moderna em algo antigo, é um fragmento dentro da imensidão de outros que pode ser abordado como algo que contamina e altera a visão dos usuários levando-os a relativizar e apenas se envolverem com Deus, reproduzindo modelos que não colaboram com o Reino de Deus.
Daniel intelectualmente decidiu firmente não se contaminar com qualquer situação, física, moral, que viesse de associações de Babilônia, pois esta era símbolo de profanação e rebeldia total a Deus.
O boddy poke e qualquer avatar personifica o “eucentrismo”como deidade e apartado de Deus, tendo assim a sensação virtual de poder, e tornando o individuo prisioneiro desta ilusão. “ O mais trágico do mito do poder é que impede o homem de ter uma honesta consciência da sua fraqueza, e o lança a uma ilusória confiança em suas próprias forças. Essa confiança em si mesmo priva-o da força da fé, a única capaz de romper o circulo vicioso em que a corrida ao poder o aprisionou”[6]
Podemos aprender muito com Daniel que buscava seu poder em Deus. Tinha tanto poder e liberdade que disposto estava a morrer(Dn6). Precisamos é verdade estar contextualizados ao século 21, e não negociar a essência que formava o caráter desse jovem comprometido com Deus, que tinha habilidade de gerenciar suas atitudes tendo como aferidor o conceito que vinha de fonte pura, através de suas orações por sua fidelidade. Daniel não precisava de avatar, ele se apresentava a Deus...simplesmente como Daniel. Uma fábula pode ampliar nossa compreensão sobre o diferencial entre comprometimento e envolvimento com Deus.
O bife a cavalo é um prato típico da culinária brasileira. Para o preparo deste é necessário um bife e ovos frito, ou seja de carne e ovos. A galinha se envolveu, deu seu ovo. O boi se comprometeu, deu sua vida. Jesus se comprometeu conosco dando sua vida.
Que Daniel nos motive a vivermos uma vida comprometida com Deus em prejuízo de nossa própria vida se for necessário e que abominemos as contaminações de origem babilônica. “...sai dela, povo meu”(Ap18.4)
[1] Bíblia de Estudo Vida -1998.
[2] Babilônia, passado, presente e futuro. Documentário
[3] AMORA, Antônio Soares. Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo. Saraiva.
[4] Wikipédia.org/wiki/avatar acesso em 07/11/08
[5] Merrian-Webster’s Collegiate Enciclopédia. Merrian- Webstr,2000. 75p.
[6] TORNIER, Paul. Mitos e neuroses; desarmonia da vida moderna. São Paulo ABUeditora p.132
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
“Quem anda dentro da lei hoje é considerado um imbecil.”
"Preocupa-me ouvir declarações de autoridades no sentido de que transgressões são rotineiras na vida pública brasileira. Isso é inaceitável"[1]
O Programa SBT Reporte realizou um programa chamado “Honestidade” em que carteiras eram ‘perdidas’. Nestas havia um cartão com telefone do dono da carteira. Foi muito interessante observar a reação dos “contemplados” com a achada carteira.[2] Curioso e antagônico é que os que ficaram com a carteira ao ser questionado pelo suposto dono, diziam que não tinham achado a tal carteira e que se achassem devolveriam... “Não furtarás”.[3]?
Há diversos fatos seculares de ausência de ética. Normal. É natural e até esperado que a ética contida nos Dez Mandamentos não seja considerada em uma sociedade comprometida com valores de seu príncipe (Jo12.31). Mas e nos arraiais evangélicos, os valores morais da conduta humana tem sido extraído dos dez mandamentos? Se a resposta for sim, normal, pois esta é a postura esperada dos que estão sujeitos a vontade de Deus. Se for não, normal...ops, será que está ocorrendo relativização, normalização e associação com os valores sociais? Para uma resposta a esta incógnita entendamos o que é ética.
Bem superficialmente ética é a Ciência da moral.[4] Modo como devemos proceder uns aos outros. A Bíblia é a revelação e o manual de procedimentos, nosso regimento pessoal e coletivo para executar a ética cristã, esta é oposta a filosofias humanas, pessoais ou de inerência humana.
Os dez mandamentos são mais profundos que a ética em si. A Bíblia esta acima da ética, pois esta pode ser constituída mediante os princípios de cada grupo social. Os espíritas tem seu código de ética, a Al Qaeda tem seu código de ética, a ONU tem.. os crentes em Jesus também tem seu código de ética: as Sagradas Escrituras. A profundidade da reflexão começa quando honesta e corajosamente confrontamos nossas posturas e as iluminamos com a luz de nosso código maior, a Palavra. Decálogo em Êxodo 20.3-17:
1º “Não terás outros deuses diante de mim”(v.3). Realmente somos monoteísta? Quem ou o que tem ocupado o altar de nossa adoração em um caráter relativo? Os ídolos gospel?
2º “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás”(v.4,5). Condenamos a idolatria a nos afastamos dela como o Senhor requer? O palpável tem sido o centro de nosso serviço?
3º “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão”(v.7) Há a reverencia pelo que o nome do Senhor representa do Senhor? Piadas gospel citando Deus, Jesus é extremamente triste...principalmente quando é citada por crente...é profanação.
4º “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”(v.8) Cuidamos do Santuário do Espírito Santo [5] dando-lhe o descanso necessário e o tempo preciso para meditar e cultuar a Deus?
5º “Honra teu pai e a tua mãe, para que se prolongue os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”(v.12) Temos consciência de nossa responsabilidade social de ensinar nossos filhos a honrar-nos com nosso próprio modelo?
6º “Não matarás”(v13) Em meio a sociedade tão vitima da violência, banalizamos a morte a ponto de deseja-la a nosso próximo, mesmo sanguinário?
7º Não adulterarás(v14) Relativizamos o casamento e a união no Senhor?
8º “Não furtarás”(v.15) É conivente com a Palavra sermos detentores de cd e dvd evangélico pirata, ‘gato net’ e outras sutilezas do gênero?
9º “Não dirás falso testemunho contra teu próximo”(v.16) O amor pelo nosso próximo tem a dimensão tal que somos capazes de preservá-lo zelando pela idoneidade do outro?
10º “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do seu próximo”.(v.17) Temos desejado viver a vida alheia desejando suas posses? Agindo assim estamos deixando a mensagem para Deus de que a vida que o Senhor nos deu não presta.
A Bíblia diz que os Dez mandamentos são de Deus(Ex 20.1) e são valores estabelecidos por Ele para diretriz da humanidade.
Qual tem sido o nosso posicionamento? Estamos nos ajustando e até nos engajando a éticas alheias? Quem realmente somos?Relativistas? Somos como Pilatos duvidosos perguntando “que é verdade?”[6] A verdade Bíblica é o nosso absoluto, inegociável, caso contrario estaremos vendendo a nossa ética, a nossa identidade cristã.
Em meio a tantos acontecimentos que evidenciam uma atitude contraria e vexatória dos evangélicos, precisamos repensar, dialogar a nossa ética cristã e salientar a relevância não só de discursarmos a mensagem bíblica mas de consolidada-la através do comprometimento e testemunho.
Parodiando o embaixador Marcilio Marques Moreira que possamos ser considerados imbecis por andarmos dentro da vontade do Senhor, pois esta vontade é “boa, agradável e perfeita”[7]
Que o Santo Espírito de Deus nos conceda sabedoria e sabedoria para administrarmos a sabedoria.
Bibliografia:
Bíblia de Estudo Vida
RUDNICK, Milton. Ética Cristã para Hoje: uma perspectiva evangélica. Rio de Janeiro : JUERP, 1988.
BONHOEFFER, Dietrich. Ética. São Leopoldo: Sinodal, 1995
Oliveira, André Luiz Holanda de. Capacitação Cristã 5/ Ética cristã-Refletindo a beleza do Evangelho JUERP, 2003.
www.institutojetro.com.br acesso em 26/08/2008
www.opbb.org acesso em 26/08/2008
[1]Marcílio Marques Moreira ex- presidente da Comissão de Ética Pública em entrevista na Revista Veja de 19/03/2008 escassez de ética
[2] SBT Reporte apresentado em 30/07/2008.
[3] Êxodo 20.15.
[4] Dicionário Brasileiro Globo.
[5] ICo 3.16
[6] João 18.38.
[7] Rm 12.2
sábado, 13 de setembro de 2008
Dialogando e refletindo a Educação Cristã
Evoluir é preciso. É preciso evoluir. A expansão dos horizontes educacionais carece de releitura. Releitura essa que leve em consideração a cultura das comunidades no sentido de contextualizar a educação cristã a realidade concreta. Se torna fundamental o dialogo entre a educação cristã e seu contexto sociocultural, para que se supere o objetivo de educar a congregação que pertence a Deus.
O Ministério de Educação na Igreja local, precisa ser não apenas valorizado, mas redescoberto e explorado a sua gama de possibilidades e performances que habilitará o cristão a desenvolver um amplo conhecimentos acerca das verdades da Sagrada Palavra, ou seja o ajudará na trajetória de amadurecimento cristão.
Para que se atinja este objetivo, se faz imprescindível uma profunda reflexão na educação cristã das igrejas. A meta deste blog é justamente produzir e trazer a tona algo que esta submerso na obscuridade da ausência de pensar com seriedade neste assunto tão pouco discutido, a Educação Cristã. Aqui se dialoga, gera e reflete a infinitude de evoluções contextualizadas para aplicar a educação cristã.Mãos à obra!